História da Viola


Viola caipira, também conhecida como viola sertaneja, viola nordestina, viola cabocla e viola brasileira, é um instrumento musical de cordas. Com suas variações, é popular principalmente no interior do Brasil, sendo um dos simbolos da música popular brasileira.

Tem sua origem nas violas portuguesas, oriundas de instrumentos árabes como o alaúde. As violas são descendentes diretas da guitarra latina, que, por sua vez, tem uma origem arábico-persa.[1] As violas portuguesas chegaram ao Brasil trazida por colonos portugueses de diversas regiões do país e passou a ser usada pelos jesuítas na catequese deindígenas.[1]Mais tarde, os primeiros caboclos começaram a construir violas com madeiras toscas da terra. Era o início da viola caipira.


Existem várias denominações diferentes para Viola, utilizadas principalmente em cidades do interior: viola de pinho, viola caipira, viola sertaneja, viola de arame, viola nordestina, viola cabocla, viola cantadeira, viola de dez cordas, viola chorosa, viola de queluz, viola serena, viola brasileira, entre outras.


A viola caipira tem características muito semelhantes ao violão. Tanto no formato quanto na disposição das cordas e acústica, porém é um pouco menor.

Existem diversos tipos de afinações para este instrumento, sendo utilizados de acordo com a preferência do violeiro. As mais conhecidas são Cebolão, Rio Abaixo, Boiadeira e Natural.

A disposição das cordas da viola é bem específica: 10 cordas, dispostas em 5 pares. Os dois pares mais agudos são afinados na mesma nota e mesma altura, enquanto os demais pares são afinados na mesma nota, mas com diferença de alturas de uma oitava. Estes pares de cordas são tocados sempre juntos, como se fossem uma só corda.

Uma característica que destaca a viola dos demais instrumentos é que o ponteio da viola utiliza muito as cordas soltas, o que resulta um som forte e sem distorções, se bem afinada. As notas ficam com timbre ainda mais forte pois este é um instrumento que exige o uso de palheta, dedeira ou principalmente unhas compridas, já que todas as cordas são feitas de aço e algumas são muito finas e duras.

A viola é o símbolo da original música sertaneja, conhecida popularmente como moda de viola ou música raiz.
No Brasil, é um instrumento tradicional, musicas entoadas em suas cordas atravessaram décadas e gerações e até hoje estão presente no nosso dia a dia da cultura brasileira.
Em ParanáMinas GeraisSão PauloGoiásMato GrossoMato Grosso do Sul dentre outros, a viola tem destaque na musica, onde a tradição da moda de viola é passada de geração em geração. A viola é um instrumento com um potencial fora do normal.O musico e instrumentista já falecido Renato Andrade comprovou isso em meio de estudos em que conseguiu imitar instrumentos como:Harpa de concerto,Harpa Paraguaia,Guitarra Portuguesa,Bandolim Napolitano,Balalaica Russa,e como ele sempre dizia,também imita a viola!



TIPOS DE AFINAÇÕES
Rio Abaixo, Rio Abaixo Alterada, Cebolão, Boiadeira, Rio Acima


Descendo Rio Abaixo, um violeiro leva nos dedos mais do que um simples toque de viola. Leva magia. E olha que eu ainda não vi antídoto pra isso não.
Falam até que tem muito violeiro que pra tocar bem faz pacto com o tinhoso. O próprio nome da afinação vem de uma dessas lendas. Dizem que o diabo descia rio abaixo em uma canoa, tocando sua viola em uma afinação que encantava as moças que moravam na beira do rio. Tirava todas do bom caminho. Depois, subia São Gonçalo rio acima, em outra afinação, tocando sua viola e devolvendo as moças para o caminho certo.
Mas o que é verdade e o que é lenda vai de cada um. Só sei que eu gosto demais da conta dessa afinação. É de uma beleza sem fim. Encorpada e forte. Em Rio Abaixo estão as duas músicas que me levaram em um caminho sem volta para a viola instrumental.

Confira mais detalhes sobre a viola caipira no link abaixo.


Fonte: http://www.angelim.mus.br/index_arquivos/afinacoes.htm 
            http://pt.wikipedia.org/wiki/Viola_caipira 



CAUSOS E LENDAS
Existem diversas lendas e histórias acerca da tradição dos violeiros.

Há diversas lendas e histórias a respeito das afinações da viola. O nome da afinação Cebolão seria do fato de as mulheres chorarem, emocionadas ao ouvir a música, como quem corta cebola.

A afinação Rio Abaixo seria originada na lenda de que o Diabo costumava descer os rios tocando viola nessa afinação e, com ela, seduzindo as moças e as carregando rio abaixo. Do violeiro que utiliza esta afinação diz-se, eventualmente, que pode estar enfeitiçado ou ter feito pacto com o demônio.

Acredita-se que a arte de tocar viola seja um dom de Deus, e quem não o recebeu ao nascer nunca será um violeiro de destaque. Porém, a lenda diz que mesmo a pessoa não contemplada com este dom pode adquirir habilidade de um bom violeiro. Uma das opções seria uma magia envolvendo uma cobra-coral venenosa e é conhecida como simpatia da cobra-coral. Outro modo seria fazer rezas no túmulo de algum antigo violeiro na sexta-feira da paixão. Há ainda a possibilidade de o violeiro firmar um pacto com o Diabo para aprender a tocar viola.

O pesquisador Antônio Candido conta que na região da Serra do Caparaó, assim como em outras, o Diabo é considerado o maior violeiro de todos. Tal mito explica a quantidade de histórias, em todo o Brasil, de violeiros que teriam feito pacto com o Diabo para tocarem bem. Porém, o violeiro que faz este tipo de pacto não vai para o inferno já que todos no "céu" querem violeiros por lá.

Uma característica dos violeiros típico do nordeste são os duelos de tocadores. Todo bom violeiro se auto-afirma o melhor da região. Se outro violeiro o contraria, o duelo está começado.

Em certas regiões, por tradição, as violas carregam pequenos chocalhos feitos de guizo de cascavel, pois segundo a lenda, tem poder de proteção para a viola e para o violeiro. Segundo contam os violeiros de antigamente, o poder do guizo chega a quebrar as cordas e até mesmo o instrumento do violeiro adversário.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Viola_caipira


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